O que é?

O hipotireoidismo se caracteriza pela baixa produção dos hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) resultando em um metabolismo lento e deficiente.

O hipotireoidismo surge quando a glândula não produz a quantidade de hormônio suficiente para a manutenção do metabolismo adequado do indivíduo. Disso resulta uma ação mais lenta dos tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

O hipotireoidismo atinge pessoas de ambos os sexos, inclusive crianças. No entanto, mulheres acima dos 40 anos e homens com mais de 60 são mais suscetíveis.

 

Sintomas

Os sintomas variam de pessoa para pessoa e conforme o grau da disfunção, incluindo sonolência, cansaço, prisão de ventre, fadiga, intolerância a ambientes frios, câimbras, aumento do colesterol, ressecamento da pele, infertilidade, depressão, desânimo, queda de cabelo, unhas frágeis, dificuldade para emagrecer ou ganho de peso, redução de reflexos, fala e pensamento lentificados, inchaço etc.

 

Diagnóstico

O melhor a fazer é ter um diagnóstico precoce evitando complicações médicas. Para tanto, basta um simples exame de sangue, chamado TSH.  Esse exame pode ser pedido pelo seu médico, juntamente com a dosagem de hormônios T3 e T4.

Dosagem de TSH: Exame de sangue que mede a quantidade do hormônio estimulante da tireoide no sistema circulatório. Se estiver presente em alta quantidade, pode significar redução da produção da tireoide e, consequentemente, hipoatividade da glândula.

 

Causas

A causa mais comum de hipotireoidismo no mundo é a falta de iodo na dieta.

O envelhecimento natural do organismo, traços genéticos, anticorpos que inibem a função da tireoide e até fatores externos, como a poluição, podem ter ligação com o desenvolvimento da doença.

Parodoxalmente, o excesso de iodo na dieta parece levar a um aumento na incidência de Tireoidite de Hashimoto, que é uma doença autoimune que atinge mais as mulheres, na qual o próprio organismo produz anticorpos contra a glândula tireoide, resultando em uma inflamação crônica que pode acarretar o aumento de seu volume (bócio) e diminuição de seu funcionamento (hipotireoidismo). No Brasil, aproximadamente 20% dos casos de hipotireoidismo estão associados à Tireoidite de Hashimoto.

 

Tratamento

A maneira mais eficaz de tratar o hipotireoidismo é a reposição hormonal feita por meio de medicamentos receitados pelo médico especialista. Com o tratamento, é possível regularizar os níveis hormonais fazendo com que o metabolismo retorne ao normal e os sintomas desapareçam.

Se não tratado, o hipotireoidismo pode afetar diversos sistemas do organismo, como o imunológico, o cardiovascular, o esquelético, o reprodutor etc., além de afetar a estabilidade mental do indivíduo.

De maneira geral, há necessidade de reposição hormonal por toda a vida. No entanto, o paciente leva uma vida normal.

É importante lembrar da necessidade de um acompanhamento médico especializado, pois variações nas doses dos hormônios administrados variam com o tempo, com a idade e com a evolução da doença.

 

Para esclarecimentos e informações complementares frente às particularidades de cada caso, procure um médico especialista da sua confiança.

Dr. Rubens Kenji Aisawa

Saiba mais sobre  BócioCirurgia da Tireoide, Hipertireoidismo.